Começaremos 2017 com a participação de idosos numa ação educativa que envolve 4 museus de Itu, parceiros do entorno que são instituições de apoio/convívio de idosos e outros convidados, e os cidadãos com 60 e mais anos da cidade do interior paulista, na sua diversidade sociodemográfica e cultural.
O projeto "À RODA DOS OBJETOS" foi contemplado pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo com o Edital Proac nº 18/2016 – “Concurso de apoio a projetos de difusão de acervos museológicos no Estado de São Paulo".
O projeto pretende colocar em prática a construção de ações museográficas dialogando com os departamentos educativos, de salvaguarda e expográfico utilizando técnicas de educação patrimonial compartilhada e ação continuada, proporcionando que os acervos sejam levados ao exterior e construir possibilidades de experimentação e afinidades. Tendo em conta a heterogeneidade sociocultural que caracteriza este público, procuram-se eliminar estereótipos que acabam limitando o potencial de interação museológica, revelando a relação privilegiada que surge pela oportunidade de trabalho com a memória, numa opção museográfica mais contínua e dentro e fora dos muros dos museus, partindo de trabalho de mediação sociocultural, visitação e participação.
O projeto "À RODA DOS OBJETOS" foi contemplado pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo com o Edital Proac nº 18/2016 – “Concurso de apoio a projetos de difusão de acervos museológicos no Estado de São Paulo".
O projeto pretende colocar em prática a construção de ações museográficas dialogando com os departamentos educativos, de salvaguarda e expográfico utilizando técnicas de educação patrimonial compartilhada e ação continuada, proporcionando que os acervos sejam levados ao exterior e construir possibilidades de experimentação e afinidades. Tendo em conta a heterogeneidade sociocultural que caracteriza este público, procuram-se eliminar estereótipos que acabam limitando o potencial de interação museológica, revelando a relação privilegiada que surge pela oportunidade de trabalho com a memória, numa opção museográfica mais contínua e dentro e fora dos muros dos museus, partindo de trabalho de mediação sociocultural, visitação e participação.
Usufruir dos museus passa pelo acesso comunicacional que visa explorar questões atitudinais e sensoriais, uma conquista que surge após as barreiras aquitetónicas e de acessibilidade física estarem ultrapassadas (pois estão regulamentadas) e cuja importância se faz prioritária por necessidades que podemos ter todos nós, em qualquer fase da vida, de modo permanente ou transitório.
Ir mais longe é pensar curadorias participativas acessíveis - a construção da acessibilidade cultural e a participação de diferentes públicos em propostas curatoriais (SARRAF,2016) uma construção dinâmica em processo, por isso as propostas podem não ser um produto feito, rotulado de PROJETO COM ACESSIBILIDADE, mas em construção que beneficiará todos e que vai somando reflexões a partir da participação dos grupos.
A comunicação multisensorial pode ser mais efetiva na museografia para a heterogeneidade de públicos ?
Beneficiaremos todos com estratégias de acessibilidade ?
A utilização de vários suportes e linguagens comunicacionais, seja nas exposições ou nas ações dos setores de educação dos museus, a "comunicação cultural sensorial"(SARRAF,2015) ou "mediação multisensorial" (TOJAL, 2008) podem proporcionar remnisciências, memórias, e sensações ou emoções que hoje são valorizadas na museografia, no tocante às ações socioculturais voltadas para público idoso.
"Relações mais sensíveis e menos intelectualizadas podem ser estabelecidas” no acesso à cultura e lazer, em especial para quem tem diferentes formas de “locomoção, cognição e percepção” (SARRAF, 2015), protagonizando diferentes motivações e interesses, acreditando-se na possibilidade de atender melhor grupos específicos de visitantes, assim os diálogos inclusivos parecem ser potencializados no que se designa de “mediação sensorial”.
A questão de acessibilidade como paradigma prático dos museus do século XXI surge como premissa numa triangulação que se acredita estar na base de relacionamento entre públicos e instituições:
→ conhecer o público (no caso específico - os idosos)
→ conhecer o entorno,
→ e as possibilidades de intervenção museográfica (ARAUJO, 2016).
Tendo por base estes elementos de interrelações e realidades práticas possibilita-se um relacionamento museológico de expansão e inclusão de públicos (AIDAR, 2015) e inovação social [1] na procura de melhores respostas participativas dos vários intervenientes no processo curatorial.
Seguir:
http://estadodacultura.sp.gov.br/projeto/684/
[1] Um processo e simultaneamente um produto, conforme os pesquisadores James Phills Jr., Kriss Deiglmeier e Dale Miller, observam que para ser inovador, o processo - que tem enfoque na esfera do social- precisa lidar com dois critérios: a novidade (mesmo que não seja um ato original deve ser novo para os utilizadores, para o contexto ou modo de aplicação); o outro critério é a melhoria como resultado ou processo, pois deve ser mais eficiente, efetivo e sustentável do que as condições existentes. (PHILLS, DEIGLMEIER, MILLER 2008). Disponível em:< https://ssir.org/articles/entry/rediscovering_social_innovation>. Acesso em: 20 ago. de 2016.
[1] Um processo e simultaneamente um produto, conforme os pesquisadores James Phills Jr., Kriss Deiglmeier e Dale Miller, observam que para ser inovador, o processo - que tem enfoque na esfera do social- precisa lidar com dois critérios: a novidade (mesmo que não seja um ato original deve ser novo para os utilizadores, para o contexto ou modo de aplicação); o outro critério é a melhoria como resultado ou processo, pois deve ser mais eficiente, efetivo e sustentável do que as condições existentes. (PHILLS, DEIGLMEIER, MILLER 2008). Disponível em:< https://ssir.org/articles/entry/rediscovering_social_innovation>. Acesso em: 20 ago. de 2016.
REFERÊNCIAS
AIDAR, Gabriela. Museums and Social Change: two perspectives on the social role of museums. Saaarbrucken: Lap Lambert Academic Publishing, 2015.
ARAUJO,
O. Susana Costa. Os Idosos como Público
de Museus. 2016 Dissertação (mestrado em Museologia da Universidade de São
Paulo) São Paulo, 2016.
SARRAF, Viviane. Acessibilidade em Espaços Culturais:
mediação e comunicação sensorial. São Paulo: Editora da PUC-SP, 2015.
_________. CURSO: Curadorias acessíveis 2. Pesquisa pós doutorado Museu de Arqueologia e Etnologia,USP -SP. 2016.
_________. CURSO: Curadorias acessíveis 2. Pesquisa pós doutorado Museu de Arqueologia e Etnologia,USP -SP. 2016.
TOJAL, Amanda, Acessibilidade, Inclusão Social e
Políticas Públicas: uma proposta para o estado de São Paulo, BRUNO, M. C. O.; NEVES, K.
R. F. (Coord.). Museus como
agentes de mudança social e desenvolvimento: propostas e reflexões museológicas. Segunda Parte, Capítulo 1, São Cristovão: Museu de Arqueologia de
Xingó, 2008